O seu principal
material é o hidrocarboneto (composto químico constituído por carbono e
hidrogénio). Podem ser:
PARAFÍNICOS (CnH2n+2
– São acíclicos e saturados e relativamente inertes)
OLEFÍNICOS (CnH2n/CnH2n-2
– são compostos insaturados)
AROMÁTICOS ( ex:
benzeno)
DEFINIÇÃO:
Polímeros - têm como base o Petróleo bruto
(mistura complexa de hidrocarbonetos e impurezas) que dependendo do processo de
transformação e tratamento originam uma grande variedade de matérias-primas
para fabrico de polímeros. São constituídos por nanómetros que encadeados entre
si formam macromoléculas.
TIPOS DE POLIMEROS:
Polímeros lineares
Polímeros ramificados
Polímeros tridimensionais
Polímeros trifuncionais
CLASSIFICAÇÃO DOS POLÍMEROS:
Termoplásticos:são cadeias lineares
ou ramificadas mas não estão ligadas transversamente entre si, aquando do
aumento da temperatura, elas movem-se umas em relação às outras, fundem e
amolecem. Ex. Policloreto de Vinilo, Poliesterino, Polietieno.
Termoendurecíveis: São polímeros que
possuem estrutura molecular tridimensional, aquando a aplicação do calor, a
rede não funde, mas fica destruída. Ex. Poliuretanos, Poliésteres endurecíveis.
Tg – temperatura de
transição vitrosa, definida como a temperatura acima da qual um polímero
(plástico) se torna mole e dúctil e abaixo do qual se torna rígido e
quebradiço.
Temperaturas de transição
vitrosa de alguns plásticos:
Polietileno: -120ºC
Polibutadieno: -80ºC
Poliisupreno: -73ºC
Poliamidas: +60ºC
Poliecloreto de vinilo:
+87ºC
PROCESSOS DE MOLDAÇÃO DOS POLIMEROS:
TERMOENDURECIVEIS:
Compressão –
comprimidos em moldes metálicos aquecidos.
Transferência
TERMOPLÁSTICOS:
Extrusão – deslocado para
1 abertura e a forma define a secção transversal.
Injecção – fundido e
penetra no molde.
Insuflação – submetido a
uma pressão interior de ar quente e vapor que comprime o material, por acção de
uma pressão contra a parede do molde.
Calandragem – passam através
de uma serie de cilindros aquecidos, provocando um estreitamento.
Os cimentos hidráulicos constituídos por
compostos de cálcio (Silicato e aluminato de cálcio) podem classificar:
·Cimentos
Naturais
·Cimentos
Portland
·Cimentos
Aluminosos
O Cimento é um
ligante hidráulico, ou seja, um material inorgânico finamente moído que quando
misturado com água forma 1 pasta que ganha presa e endurece por reacções e
processos de hidratação e que depois de endurecida, conserva a sua capacidade
resistente e estabilidade mesmo debaixo de água.
O endurecimento do cimento CEM é devido à
hidratação de silicatos de cálcio embora os aluminatos de cálcio também intervenham
no endurecimento.
-Composição
da matéria-prima
O cimento de Portland artificial é obtido
pela mistura de calcário ou cré (carbonato de
cálcio), argila ou xisto argiloso (silicatos de alumínio
ou ferro) ou a partir de margas ou calcários margosos
(margas- mistura de materiais calcários e argilosos) e outras substâncias
apropriadas ricas em sílica, alumina ou ferro, reduzida a pó muito fino, que se
sujeita à acção das temperaturas de 1450ºC (em fornos rotativos).
-Fabrico
1ªfase (Preparação do Cru)– Blocos com
dimensão de 1,5 a 2 m, são extraídos e transportados para britador onde vão ser
reduzidos a pequenos blocos de cm’s. O material é britado e transportado para
uma pilha de armazenamento e vai receber adição de argila (25% de argila e 75%
de brita calcária). Enquanto a mistura é depositada horizontalmente, a sua
remoção para os silos alimentadores dos moinhos de bolas e é feita por meio de
cortes verticais na pilha de armazenamento (Pré-homogeneização).
Há dois
processos de fabrico de cimento:
-Via húmidaà
a matéria-prima é moída e homogeneizada dentro de água.
-Via secaà
a moedura e homogeneização realiza-se a seco.
2ªfase (Cozedura em forno rotativo) – O forno rotativo (Ø7,6m ; L=232m; revestido por material
refractário ß Cilindro de chapa de aço), este cilindro assenta sobre
roletas que o fazem girar e tem uma inclinação de 2 a 6%. Este movimento de
rotação e inclinação provocam o avanço dos materiais no interior do forno.
(20kg para 1tonelada de cimento). Para obter a temperatura de Clinquerização
(1400 a 1450ºC), temperatura de fusão das fases aluminatos e ferratos, é
necessário recorrer à combustão de carvão ou de fuel.
O carvão seco é reduzido a
pó e injectado na parte inferior do forno, com uma parte de ar (ar primário), o
restante ar comburente (ar secundário) é introduzido no forno depois de ter
sido aquecido no arrefecedor do clínquer.
3ªfase (Arrefecimento,
adição de gesso e moagem) – A saído do forno o clínquer deve ser
arrefecido rapidamente (porque o silicato tricálcio é instável a temperatura
inferior a 1250ºC, e não conserva a sua estrutura).
O silicato bicálcico apresenta as
formas ϒ e β, a forma β é estável desde a temperatura de formação (1200ºC) até
675ºC. Abaixo destas temperaturas o silicato
bicálcico β transforma-se em ϒ (inerte). Por isso (ser inerte) é necessário
evitar a formação do silicato ϒ, arrefecendo rapidamente o silicato de 1200ºC
até temperatura ambiente.
Há
vantagens em evitar que a fase liquida cristalize pois a reactividade do
aluminato de cálcio diminui e o óxido de magnésio poderá cristalizar em grandes
cristais (períclase), o que provoca a instabilidade e a expansibilidade do
volume da pasta de cimento endurecido.
Para
efectuar o arrefecimento, recorre-se ao planetário (constituído por tubos
arrefecedores que envolvem o forno). Após o arrefecimento (125ºC a 180ºC) o
clinquer é armazenado, entrando em moinhos de bolas onde é moído, com adjuvantes
(para facilitar a moagem), com aditivos, gesso (3 a 5%) para
regular a presa, e outros que modificam as propriedades como a pozolana
e a escória de alto-forno.
A
moagem efectua-se em moinho de bolas, e consome 40% da energia total, a característica
que se obtém é a finura.
Existem dois tipos de moedura:
- Moagem em circuito aberto, o
clínquer junto com o gesso, é introduzido no moinho que tem 3 compartimentos de
bolas de aço, sucessivamente menor, no primeiro 60 a 80 mm, no segundo 30 a 50
mm e no terceiro 15 a 25 mm.
- Moagem em circuito fechado, os
finos são extraídos do moinho á medida que se vão produzindo. Uma corrente de
ar atravessa o moinho e arrasta consigo as partículas mais finas, para um
separador. As finas vão para os silos de armazenamento e as mais grossas voltam
para o moinho.
4ªfase (Ensilagem e ensacagem) – Dos moinhos
de bolas, o cimento passa para os silos onde é homogeneizado e daí
distribuindo, a granal ou em sacos.
-Principais
componentes do cru e do clinquer de Portland
Figura. Esquema das transformações sofridas pelo cru até se transformar em clínquer (Jackson,
1998).
Neste diagrama temos: composição da
matéria prima obtida pela mistura de calcário e argila que compreende:
Calcite CaCO3
Silica SiO2
Minerais de Argila SiO2-Al2O3-H2O
Òxidos de ferro Fe2O3
A composição da matéria-prima deve ser
tal que depois de perder a água e o CO2 devido à elevada temperatura atingira
no forno, tenha uma composição química dentro dos líquidos seguintes:
C - CaO - 60 a 67%
S – SiO2- 17
a 25%
A – Al2O3– 3 a 8%
F – Fe2O3– 0,5 a 6%
Mg
– 0,5 a 4%
K2O e Na2O – 0,3 a 1,2%
S – SO3 – 2 a 3,5%
Módulos
Com
o fim de obter produtos com a composição regular, é preciso que entre estes
simples óxidos elementares existam certas relações antes da cozedura,
denominadas módulos.
Módulo hidráulico (Vicat)
Módulo Silico
Quanto
mais baixo for este módulo, mais baixo será a temperatura de clinquerização,
pois Al2O3 e Fe2O3 são fundentes.
Módulo alumínio-férrico ou de fundentes
Grau de saturação em cálcio
À
aluminia e aos óxidos de ferro chamam-se fundentes,
pois os compostos em que intervêm fundem à temperatura mais elevada
(temperatura de clinquerização) ajudando assim à melhor combinação de todos os
intervenientes nas reacções em que se formam os componentes de cimento.
O módulo de fundentes é importante na obtenção
de cimentos com resistência química melhorada e calor de hidratação baixa. Para
este efeito é necessário que não se forma aluminato tricálcio (Al2O3.3CaO).
Componente Principais do Clínquer
As
reacções químicas que ocorrem pela acção da temperatura a partir da
matéria-prima (cal, sílica, aluminia e óxidos de ferro) levam a formação dos
componentes de clinquer de Portland os quais cristalizam em elementos mais ou
menos individualizados.
Silicato tricálcio3CaO.SiO2 20 a 65%C3SAlite
Silicato Bicálcio2CaO.SiO210 a 55%C2SBelite
Aluminato tricálcio3CaO.Al2O30 a 15%C3AMassa vitrea
Aluminoferrato4CaO.Al2O3.F2O35 a 15%C4AFCalite
Tetracálcio
Transformações sofridas
pelas matérias-primas para obtenção do clínquer:
·Até 100ºCevapora-se a água livre, secando
a mistura de calcário e argila.
·Até 450ºCsai a água absorvida nas
componentes da matéria-prima.
·Até 700ºC dá-se a activação dos silicatos
por desidratação e alterações na rede cristalina.
·De 700 a 900ºCdá-se
a decomposição dos carbonatos de cálcio e de magnésio com a formação de
óxidos de cálcio. Começa a combinação da aluminia, óxidos de ferro e sílica
activada com o óxido de cálcio. Inicia-se a formação de belite e a formação de
aluminato de cálcio e aluminoferrato bicálcico.
·De 900 a 1200ºCprossegue-se
a formação de belite, começa a formar-se o aluminatotricálcico
(C3A) e o aluminoferrato tetracálcico (C4AF).
·A 1260ºC principia o aparecimento da fase
líquida, constituída pela combinação de parte de óxido de cálcio com os
óxidos de alumínio e de ferro, a qual promove a constituição do silicato
tricálcico (alite), a partir do silicato bicálcico (belite) já formado.
Durante o arrefecimento a
fase fundida não deve cristalizar. Se o arrefecimento for lento o C3A
cristaliza e o óxido de magnésio poderá formar grandes cristais.
-FORMAÇÃO
DOS DIFERENTES COMPOSTOS DO CIMENTO POR FASES
BELITE
825ºC (Calcinação) – CaCO3-->CaO+CO2(libertado)
O
calcário é aquecido e o dióxido de carbono é libertado, deixando cal (CaO)
1200ºC – 2CaO +SiO2-->Ca2SiO4(silicato
bicálcico)
(Aumenta-se
a temperatura e algum cal combina com a sílica e forma a BELITE=C2S).
Quando
a temperatura é superior a 1300ºC a cal (que ainda não reagiu) reage com a
alumina e forma aluminato tricálcico (C3A).
FERROALUMINATO TETRACÁLCICO
Arrefece -
CaO+Ca3Al2O6+Fe2O3-->Ca4Al2Fe2O10
Á
medida que a mistura arrefece a cal, o aluminato tetracalcico e a ferrite
formam cristais de ferroaluminato tetracalcico.
-HIDRATAÇÃO
DO CIMENTO
O
C3A reage com a água muito rapidamente conduzindo a uma presa rápida e para
poder retardar juntou-se um cimento, o mais económico, o gesso.
CH+S+H-->CSH2
(portlandite+sulfato+água-->gesso)
C3A+2CSH2+10H-->C4AS2H12
(aluminato
tricálcico+gesso+água-->monosulfato)
Reações
expansivas
C4AS2H12+2CSH2+16H-->C6AS3H32
(monosulfato+gesso+água-->etringita 1ª)
A
etringita quando se forma é expansiva e a pasta de cimento vai conseguir
absorver esta expansão porque ainda está com alguma maleabilidade.
Deve-se
garantir a partir das 48horas, já não exista gesso no interior da pasta para
reagir com o C3A e assim evitar a formação da etringita 2ª.
Resistência química:
C2S
e C4AF maior contribuição para resistência química.
C3S
maior contribuição para a tensão de rotura.
C3A
é indesejável, de fabrico económico e fundamental para atingir a fase líquida
da cozedura do clínquer.
Finura do cimento:
>
finura à
> caro à
> resistência inicial à
> calor de hidratação à
> gesso; > retacção; > fendilhação; < exsudação; o cimento
deteriora-se mais.
- TIPOS
DE CIMENTOS
CEM
ICimento
Portland100%clinquer
CEM
IICimento
Portland Composto65% clinquer
CEM
IIICimento
de Alto-fornoclinquer+35-95%
escórias de alto forno
CEM
IVCimento Pozolânico45%clinquer+55%silica de
fumo,pozolana
CEM
VCimento Composto20%clinquer+18%escorias+pozolana
- CIMENTO
– ENSAIOS
Determinação da consistência normal -
Determinação do início e fim de presa - Aparelho de Vicat: Para determinar o inicio de presa, deixa-se cair a
agulha em tempos espaçados de uns 10 min até obter X=4+1 mm. Para determinar o fim de presa, inverte-se o molde e
deixa-se cair a agulha em tempos de 30 min até obter uma penetração de 0,5 mm.
Determinação da expansibilidade
– Aparelho de Le Chatelier:Enchem-se os dois
moldes e tampam-se com placas de vidro, ficam durante 24h a uma temperatura de
20ºC, medir o afastamento A, aquecer em banho-maria até ferver a água em 30 min
e manter a ebulição durante umas 3horas.
Medir
o afastamento B, deixar arrefecer até 20ºC, medir o afastamento em C. A
expansibilidade resulta da medida C-A. (inferior a 10mm)
Determinação da resistência mecânica
– Juntou-se
na misturadora, enchem-se os moldes dá-se 60 pancadas,
completa-se o enchimento dos moldes, mais 60 pancadas. Alisa-se a argamassa no
molde. Cobrem-se os moldes com vidro, colocam-se durante 24h a
T=20ºC. desmoldam-se e colocam-se imersos em água a 20ºC, ensaiam-se durante 28
dias a uma T=20ºC.
Ensaio à flexão:
Aplicam-se
forças gradualmente de 50 ± 10 N/s até à rotura e regista-se a força de rotura.
Ensaio à compressão: Aplicam-se
forças gradualmente a 2400 ± 200 N/s até à rotura e regista-se a força de
rotura.
- CIMENTOS
ESPECIAIS
Cimento
Supersulfatado – Elevada resistência à água do mar, elevada resistência em
ambientes com altas concentrações de sulfatos, resistente a ácidos carboníferos
e óleos, baixo calor de hidratação.
80-85%
de escórias de alto forno + 10-15% sulfato de cálcio + 5% clínquer de cimento
Portland
Cimento
Aluminoso – Elevada resistência aos sulfatos, custo elevado de fabricação.
40%
alumina + 40% óxido de calcário + 15% de óxido de ferro + 5% de sílica
Tirei Licenciatura em Engenharia Civil na Universidade de Évora, quando iniciei este blog.
Em 2014 comecei a trabalhar numa empresa cuja área de intervenção era reabilitação de edifícios, com foco na área de isolamentos acústicos e térmicos em fachadas e coberturas.
Tirei mestrado no ISEL, no horário pós laboral, no ramo de Edificações, terminei com média de 15valores.
O meu estágio curricular foi realizado no Hospital Júlio de Matos, durante 6 meses, onde elaborei um projeto de reabilitação de um dos edifícios. No fim do estágio apresentei o relatório de estágio ou tese de mestrado, e acabei com 18valores.
Atualmente estou a trabalhar na área de fiscalização e direção de obra, obras de reabilitação na área de Lisboa.
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