Cimento carbonatado, uma nova solução, que se for utilizada a nível mundial, poderá vir a reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa, diminuir o consumo de água e ajudar a lidar com o aquecimento global - além de produzir um cimento mais durável e de custo mais baixo.
O novo cimento ganha resistência através da carbonatação, e não da sua mistura com água.
O novo cimento ganha resistência através da carbonatação, e não da sua mistura com água.
"Em vez de cimento que reage com água, este cimento carbonatado reage com dióxido de carbono e silicato de cálcio," explica o professor Jason Weiss, da Universidade Estadual de Oregon, nos EUA.
"À primeira vista este novo produto parece-se com o cimento convencional, contudo tem propriedades que devem fazê-lo durar mais tempo em algumas aplicações. Além disso, o seu uso poderá reduzir as emissões de dióxido de carbono, que é um objetivo importante na indústria do cimento," acrescentou.
O novo material foi batizado de "cimento de silicato de cálcio carbonatado", ou CCSC (Carbonated Calcium Silicate-based Cement).
Video 2: Palestra de Jason Weiss
A equipa demonstrou que o material é mais resistente à degradação do que o cimento comum, inclusive em contato direto com sais usados para o degelo das estradas em países de clima frio, tais como cloreto de sódio e cloreto de magnésio.
O betão - uma combinação de cimento, areia e brita - é um dos materiais de construção mais eficazes da história humana. Isto na verdade é parte do problema - o betão funciona tão bem e tem tantos usos que são produzidas anualmente de 2 a 4 toneladas de betão por cada pessoa no mundo, o que se acredita ser responsável por algo entre 5 e 8% de todas as emissões globais de dióxido de carbono.
O cimento de silicato de cálcio carbonatado permitirá ter um betão mais resistente, durável, barato, com redução do consumo de água até 70% e redução da emissão de gases com efeito de estufa e está já disponível para uso em unidades de consumo industrial como centrais de betão, pré-moldados de betão e outros.
Ainda assim, atendendo a todos os aspetos seguidamente apontados, julgamos compensadora a aposta na aquisição deste inovador material, que em resumo, reúne as seguintes vantagens principais:
- Maior resistência e durabilidade;
- Custo mais baixo;
- Reduz as emissões de gases de efeito de estufa;
- Melhora a problemática do aquecimento global;
- Reduz o consumo de água.
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