CONTENÇÕES
PERIFÉRICAS
Elementos da estrutura que tem como função
o suporte do terreno e parte da estrutura.
- Permitem a valorização dos terrenos nos grandes centros
- Obrigatoriedade de se criarem espaços para o estacionamento automóvel
- Aumento da procura de espaços comerciais
Tipos de Contenções:
- Estacas moldadas
- Paredes moldadas
- Paredes do tipo “Berlim” ou “Munique”
- Pregagens
- Poços
– estacas moldadas
contra o terreno são aquelas em que é o próprio terreno que enforma as estacas,
independentemente de se utilizar ou não tubo moldador.
1.1.
CORTINAS DE ESTACAS (parede
descontínua de estacas pouco distanciadas entre si (podendo mesmo
intersectar-se).
- Secantes
- Tangentes
- Espaçadas
CORTINA DE ESTACAS MOLDADAS
A técnica das cortinas
moldadas tem essencialmente dois tipos de utilização:
- Elemento resistente de contenção
periférica
- Elemento de fundação de estruturas
- Cortina de estacas espaçadas
- São mais económicas por metro de largura
de cortina
- Oferecem uma boa flexibilidade, em
termos de tipos de estacas e respectivos diâmetros
- As estacas de grande diâmetro oferecem
uma elevada rigidez
- São facilmente incorporadas em trabalhos
permanentes
- Podem ser projectadas para suportar
cargas verticais
Desvantagens:
- Obrigam quase sempre à colocação de
ancoragens
- Só são aplicáveis em solos relativamente estáveis
- Cortina de estacas tangentes ou contíguas
As estacas têm espaçamentos de 75 a 100
mm.
Utilizam-se principalmente em solos argilosos onde a
afluência de água não constitui problema
- Cortina de estacas secantes
Apropriadas quando:
- Nível freático é elevado
- Solos com diminuta coesão
- Necessária estanquidade
São mais caras e exigem mais tempo para a
sua execução
- Cortinas de Estacas Moldadas
Vantagens (CORTINAS DE ESTACAS MOLDADAS):
- Podem ser recolhidas amostras dos solos
atravessados e atingidos que são comparadas com os dados do projecto
- Existe uma grande variedade de diâmetros
disponíveis
- Podem ser executadas a grandes
profundidades
- Podem ser executadas sem muito ruído e
sob condições de pé direito limitado
Desvantagens (CORTINAS DE ESTACAS
MOLDADAS):
- Existe a possibilidade de se dar o
estrangulamento em solos moles ou soltos
- Torna-se difícil garantir a
verticalidade
- O controlo de qualidade em termos de
dimensões da secção transversal e de recobrimento das armaduras é muito
problemático
- Há dificuldades de betonagem debaixo de
água, o betão não pode ser inspeccionado após a colocação
- a. Cortina de estacas moldadas – trado
contínuo
1. Perfuração com trado contínuo até à
profundidade desejada
2. Extracção do trado contínuo em
simultâneo com bombagem de betão através do veio oco do trado.
3. Introdução da armadura no betão
Vantagens (Trado Continuo):
- Processo mais económico e de mais fácil
e rápida execução
- Não dá origem a vibrações e os níveis de
ruído são baixos
Desvantagens (Trado Continuo):
- Não sabe com precisão qual o diâmetro e
quais as características da estaca
- Não se garante o posicionamento exacto
das armaduras nem o recobrimento destas
- Em zonas sísmicas, os esforços de corte
introduzidos na fronteira entre as camadas mais e menos rígidas são
significativas, o que desaconselha o uso deste método construtivo
- b. Cortina de estacas moldadas com tubo moldador recuperável
1. Cravação do tubo moldador formado por
troços acoplados
2. Remoção do solo no interior do tubo
3. Formação da base alargada com auxílio
do martelo – pilão
4. Colocação da armadura e betonagem de
baixo para cima
5. Remoção do tubo moldador
Vantagens(Tubo moldador recuperável):
- Custos baixos de instalação do
equipamento
- O equipamento pode funcionar em espaços
limitados e de difícil acesso
- As estacas têm boa capacidade de carga
Desvantagens(Tubo moldador recuperável):
- Custo elevado por metro de estaca
- Este método não é adequado para solos
sem coesão e situados abaixo do nível freático
- A variedade de dimensões das estacas
está muito limitada aos tubos moldadores disponíveis.
- Elemento resistente de contenção
periférica
- Cortina à penetração da água em solos em
que o nível freático é elevado
- Elemento de fundação de estruturas
- Elemento parede com fins resistentes
TIPOS:
- Parede moldada contínua
- Parede moldada contínua executada apenas
em zonas de terreno menos consistente
- Parede moldada contínua na parte
superior e com barretas na parte inferior
- Parede moldada descontínua
Processo Construtivo
- Muros guia orientam o equipamento de
escavação e criam uma canalização à suspensão bentonítica
- Escavação, feita com balde de maxilas ou
trado e câmpanula de sucção (2m de largura do equi.)
- Colocação dos tubos-junta – execução dos
diversos painéis de uma parede(sequencial ou alternado)
- Colocação das armaduras (previamente
preparada em estaleiro – prever os locais de amarração das armaduras e locais
de atravessamento (colocando negativos))
- Betonagem – lança-se o betão no fundo da
escavação, a bentonite é removida devido à maior densidade, todo o painel deve
estar betonado antes de reacções de presa
-
ANCORAGENS
Sistemas que transmitem uma força de
tracção da estrutura principal ao terreno envolvente; compostos por uma cabeça
de ancoragem, um comprimento de amarração, estabelecido por injecção de calda,
e por um comprimento livre.
-
BARRETAS
Quando os terrenos apresentam melhoria da resistência à medida que
aumenta a profundidade poder-se-á considerar a utilização da Parede moldada
contínua na parte superior da cave e Barretas na parte inferior.
As barretas utilizam-se ainda em
substituição das estavas para situações em que existem forças horizontais
importantes.
Campo
de aplicação:
-
Contenções periféricas de edifícios em zonas urbanas
-
Contenções provisórias (Parede de Berlim)
-
Não existência de edifícios periféricos susceptíveis de assentamentos
-
Terrenos de compacidade/coesão média ou média/baixa (auto-sustentável em
painéis de pequena largura e altura – 2 a 4 m)
-
Terrenos acima do nível
freático
Processo Construtivo
PAREDES DE BERLIM:
-
Escavação
geral (escavação em talude no centro de área de escavação sem que haja
possibilidade de deslizamentos)
-
Introdução
dos perfis metálicos, afastados entre si 0,6 a 1m e 2,0 abaixo da cota
inferior das fundações
-
Execução
da Viga de Coroamento (assegura a transmissão de esforços, garante a
ligação dos vários perfis entre si, nem sempre é colocado, sendo que as
ancoragens e escoramento, desempenham essa função)
-
Escavação e introdução de elementos de entivação (devem
estas isentos de defeitos ou fracturas, são pranchas de madeira ou barrotes), deve
evitar o desmoronamento do terreno, executado por painéis de 0,3 a 1,5 m entre
cada dois.
-
Criação
dos escoramentos e ancoragens, controlam a deformação da parede e
evitam a rotura do perfil metálico
-
Execução
da Superestrutura, realizada no interior da contenção, as paredes de
Berlim pode servir cofragem das paredes do edifício. Depois da superestrutura
construída deve-se retirar a entivação, preenchendo o espaço com solo bem
compactado.
Equipamento:
- Retro-escavadora, - Grua, - Trado, - Equipamento de injecção, - Equipamento
de preparação da calda, - Macacos hidráulicos.
Processo Construtivo PAREDES DE
MUNIQUE:
-
Escavação
geral (escavação em talude no centro de área de escavação sem que haja
possibilidade de deslizamentos)
-
Introdução
dos perfis metálicos, afastados entre si 1,5 a 3,0m e 2,0 abaixo da
cota inferior das fundações
-
Execução
da Viga de Coroamento (assegura a transmissão de esforços, garante a
ligação dos vários perfis entre si)
-
Aberta
uma vala na zona da viga onde é colocada areia (evitando o contacto do
betão com o terreno e protegendo as armaduras de espera)
-
Execução dos Painéis Primários (escavação, aprumo de
escavação e aplicação do dreno, colocação de uma camada de areia e terra,
preparação e colocação da armadura, e cofragem do painel, betonagem,
descofragem e execução da ancoragem)
-
Execução
dos Painéis Secundários, podem ser escavados com larguras superiores
(aos anteriores) e não precisam da realização de ancoragens)
-
Execução
dos Painéis terciários, situados nos cantos, prescindem de ancoragens
tirando partido do escoramento de canto.
-
Execução
dos restantes Painéis nos restantes níveis
-
Execução
da Sapata de Fundação
-
Execução da Superestrutura
-
Desactivação
das Ancoragens
VANTAGENS
(Paredes de Munique):
-
Economia
-
Facilidade de manobra e de construção sem necessidade de equipamento e
mão-de-obra especializado
-
Dispensa de cofragens (nas paredes de BERLIM)
-
Não exige grande área de estaleiro
-
Paredes de Munique, Lisboa têm bom acabamento interior (devido à cofragem)
-
Devido à pequena espessura das paredes de Munique, há bom aproveitamento do
interior
DESVANTAGENS(Paredes
de Munique):
-
Processo moroso e com fracos rendimentos (Paredes de Munique)
-
Mau desempenho na presença de água no solo
-
Paredes de Munique não asseguram a estanquidade
-
Pela sua flexibilidade, podem originar descompressão dos solos que pode causar
assentamentos nos edifícios vizinhos
-
Os terrenos tem de ter alguma consistência para manterem em talude vertical
(durante um tempo limitado)
-
Cravação de perfis metálicos dá origem a vibrações
Técnica de reforço dos solos
“in situ” por barras de aço, com o fim de aumentar a resistência à tracção e ao
corte do solo.
Campos de Aplicação:
- Confinamentos sem cargas importantes na periferia
- Terrenos com ausência de água
Processo Construtivo:
- Escavação de uma primeira camada
- Colocação da armadura e aplicação do betão projectado
- Execução das pregagens
- Escavação da segunda camada
Utilização de Poços como solução de
contenção periférica justifica-se quando, se pretende que o plano de contenção
fique no prolongamento do plano de uma parede antiga, já existente, na parte
superior da obra a construir. São boa alternativa às PREGAGENS
ACOMPANHAMENTO DE UMA OBRA ATRAVÉS DE FOTOS
ACOMPANHAMENTO DE UMA OBRA ATRAVÉS DE FOTOS
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