ÉVORA COM EDIFÍCIOS EM DEVOLUTO

Autarquia de Évora conta mais de mil prédios abandonados no centro histórico.

Pelo País tem vindo a surgir de forma crescente, a necessidade urgente de recuperar e dar uma vida nova a edifícios abandonados, espalhados por Portugal. Em Évora, a ideia surgiu através da Universidade de Évora, em parceria com a Câmara Municipal de Évora e oito proprietários de edifícios devolutos, no Centro Histórico da Cidade.


No dia 31 de Março de 2013, celebrou-se, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, o acordo de colaboração que visa a realização de estudos académicos na Unidade Curricular de Conservação e Reabilitação de Edifícios, de Licenciatura em Engenharia Civil. Este acordo visa a realização de estudos académicos por partes dos alunos, de forma a colaborar com os proprietários de edifícios devolutos do centro histórico, classificado Património da Humanidade pelas Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO)

Segundo o Vereador da Câmara Eduardo Luciano "Queremos aproveitar estes protocolos para dar visibilidade à questão dos edifícios devolutos no centro históricos e às problemáticas associadas", "interessa não só estudar as patologias dos próprios edifícios, mas também fazer o levantamento das dificuldades que os proprietários encontram para a reabilitação".

A Câmara de Évora, selecionou como área de intervenção três quarteirões centrais no Centro Histórico, que integram a Rua Miguel Bombarda, a Rua da Misericória, o Largo das Portas de Moura, a Travessa das Peras e a Rua dos Três Senhores. Os edifícios foram considerados por possuírem condições de acesso e não põem em perigo os alunos. Os 8 proprietários responderam positivamente ao apelo da Câmara para participarem neste projeto piloto.

O Vice-Reitor da Universidade de Évora, Professor Doutor Manuel Cancela d'Abreu, elogiou esta parceria, enaltecendo a disponibilidade dos proprietários que colaborarem com a Universidade de Évora, na formação dos alunos e esperando que os alunos aproveitem esta oportunidade e devolvam essa gratidão aos proprietários com o seu trabalho, propondo soluções que resolvam os problemas dos edifícios, para a revitalização do Centro Histórico de Évora.
O Presidente da Câmara Municipal de Évora, Carlos Pinto de Sá, congratulou-se por mais esta parceria estratégica entre a Câmara e a Universidade, que visa a melhorar a cidade, e referiu que continua a "defender a absoluta necessidade de uma aposta nos centros históricos e a criação de um Programa Nacional de Regeneração Urbana, porque temos dezenas de milhares de edifícios a caírem nos centros históricos de Portugal e temos agora uma oportunidade quase único de o desenvolver com o novo quadro financeiro da União Europeia", "esperando que o acordo assinado possa surgir para melhoria dos edifícios e beneficio dos proprietários, ganhando o centro histórico, que se pretende habitado, porque é deste modo que as cidades vivem".

Assista ao video: Pelo país começam a surgir ideias para recuperar e dar uma vida nova a edifícios abandonados. Como este caso de Évora, onde os proprietários de imóveis devolutos do centro histórico vão "abrir as portas" das casas a alunos de engenharia civil. 


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